Nossa proposta é apresentar um panorama da história da arte ligada aos movimentos feministas, partindo das principais estratégias das práticas artísticas dos anos de 1970, 1980 e 1990 e fazendo aproximações não usuais entre artistas brasileiras e estrangeiras para contribuir com a problematização de mitos e clichês que engessam o entendimento dos feminismoS nas artes visuais. Pretendemos enfatizar as relações entre arte e ativismo, isto é, os vínculos entre estética, ética e política, incluindo os desdobramentos LGBT e Queer mais recentes.
O programa do curso também reserva um espaço para você apresentar o seu trabalho, ou projeto, seja fotografia, colagem, vídeo, performance, instalação, intervenção urbana, meios híbridos etc.
Nosso objetivo é situar os artistas/pesquisadores e suas produções no contexto contemporâneo da arte e do pensamento, sempre em diálogo com artistas de outras gerações e territórios. Desse modo, você irá adquirir maior consciência de sua própria inserção nos processos culturais e históricos, o que fortalecerá sua noção de pertencimento. Além disso, também encontrará escuta e acolhida para suas ideias, recebendo incentivo e subsídios para incrementar sua consistência artística e propriedade conceitual.
Metodologia:
Aulas expositivas e debate de ideias (apresentação de textos e obras de artistas que compõem o programa) com aulas dedicadas à orientação dos projetos, conversas e reflexões críticas sobre o trabalho de cada participante. .
Público Alvo:
Estudantes e pesquisadores em artes, história e crítica de viés feminista.
Artistas que vêm trabalhando com questões de sexualidade, identidade e gênero e que buscam referências, interlocução e orientação para o desenvolvimento dos seus trabalhos.
Programa:
Crítica e teorias feministas: períodos históricos e geografias
Início dos anos de 1970: a primeira fase da arte norte-americana. A questão da genialidade. A questão do nu.
Mulher, arte e poder
A representação da feminilidade na arte ocidental enquanto lugar de passividade e fraqueza; da disponibilidade do corpo da mulher para as necessidades do homem.
É possível falar em arte feminista brasileira?
Contexto histórico norte-americano década de 1970 X contexto brasileiro: Hannah Wilke e Lygia Pape. Resposta feminista anos 1970: auto-exposição da nudez sensualizada. Polêmica/provocação: As artistas que reivindicam o poder de representar, expor e sexualizar seu próprio corpo estariam ratificando os estereótipos que colocam a mulher como objeto de prazer para o olhar masculino? Imagética erótica nas artes visuais e autoria de mulheres artistas. Caso do nu masculino de Anita Malfatti x Monteiro.
O primeiro programa de ensino de arte feminista
Criado por Judy Chicago, Miriam Schapiro, Ruth Iskin e Arlene Raven: o Feminist Art Project (1970), em Fresno.
O pessoal é político
Questão da Domesticidade e o projeto-exposição WOMANHOUSE. “Meu corpo, minha política”. O conceito de “central-core-imagery”. A questão da Maternidade dentro do feminismo. Post-Partum document series, de Marry Kelly e a lógica indicial da fotografia.
A produção britânica no final da década de 1970 e os anos de 1980
Tomada de consciência acerca da construção da imagem da mulher como objeto para o olhar masculino. Corpo / imagem / beleza: os “cosmetic pieces”. Fotografia: serialidade.
Feminismo pós-estruturalista
Recodificação: arte, espetáculo e política cultural. Estratégias de apropriação, colagem, montagem. Revisão da crítica ao “essencialismo”. Nova geração de artistas afro-americanas e feministas negras britânicas exploraram a interseção entre raça e identidade sexual e os legados do colonialismo, e passaram a denunciar o domínio das mulheres brancas no feminismo. Exposição We Wanted A Revolution: Black Radical Women 1965–85, Brooklyn Museum, 2017.
Anos de 1990: a teoria queer
O conceito de abjeção (corpo abjeto) e a emergência da temática da diversidade sexual na arte dos movimentos LGBT e queer. Antinormatividade, performatividade, erotismo e engajamento político.
Valor: R$1.050 (em até 4x sem juros de R$262,50) ou R$945 (c/ desconto à vista em dinheiro, cheque ou depósito)
Formas de pagamento:
- Em até 4x sem juros pelo PagSeguro (inscrição online);
- Boleto emitido pelo PagSeguro (inscrição online);
- Em cheque em até 3x (inscrição presencial);
- À vista com 10% de desconto (inscrição por email: enviar nome e telefone para contato@atelieoriente.com).
Bolsa integral de estudos:
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Imagem de divulgação: Letícia Parente, Sem Título, série "Mulheres", corte de revista e metal s/papel, 31,5x21,5cm
Professoras:

Roberta Barros: artista visual, pesquisadora e professora. Mestre e doutora em Artes Visuais pela EBA-UFRJ. Autora do livro Elogio ao Toque: ou como falar de arte feminista à brasileira, fruto de pesquisa vencedora do Prêmio Gilberto Velho de Teses. Em 2016, foi responsável pela organização de conteúdo e curadoria do evento Diálogos sobre o feminino: contextos brasileiros nas artes (visuais), realizado nos Centros Culturais do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília.

Simone Rodrigues: artista visual, historiadora e curadora independente. Mestre em História Social da Cultura (PUC-Rio), diretora na NAU Editora e professora na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Trabalha há mais de 20 anos com projetos que articulam educação, produção e mostras de arte e fotografia. Realizou pesquisa e curadoria da exposição A pintura em Pânico – fotomontagens de Jorge de Lima (2010). É autora do projeto Nomes do Amor – o amor que ousa dizer seu nome, com retratos e histórias de casais LGBTQI.
INTERESSE?
Informações básicas
carga horária 30h (12 aulas)
valor: R$1.050 (em até 4x sem juros de R$262,50) ou R$945 (c/ desconto à vista em dinheiro, cheque ou depósito)