Para não esquecer

Por Lívia Kessedjian

Terça-feira, 24 de abril, o mundo relembrou o 103º aniversário do genocídio armênio (primeiro genocídio do Séc. XX).

Perpetrado pelo Império Turco-Otomano, com interesses políticos e territoriais, ocorreu entre 1915 e 1923, totalizando cerca de um milhão e meio de armênios mortos.

Vários países já reconheceram tal fato oficialmente, mas muitos como EUA, Brasil e Turquia, ainda insistem no discurso de que as mortes eram decorrentes do cenário de guerra (Primeira Guerra Mundial), e não por extermínio. Em 2015, o Senado Brasileiro aprovou um voto de solidariedade ao povo armênio, contudo, nada que indique um reconhecimento oficial.

Meu avô materno viveu esse período. Refugiado na Inglaterra com sua família aos sete anos, perdeu sua casa, sua terra, sua língua (ele esqueceu o armênio e falava inglês e português).

Todos os anos, relembramos esse fato histórico e lutamos pela visibilidade e reconhecimento em todos os países, para que não passe impune, para que o mundo não esqueça, para que não se deixe acontecer novamente.

Por todos os armênios e seus descendentes, por todos os povos que viveram ou vivem essa dor: Não esqueceremos.

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